Carlos Veiga Filho

Professor de Teatro Preso por Abuso Sexual em São Paulo

Michael Coutov
By Michael Coutov

Carlos Veiga Filho, um professor de teatro de 61 anos, foi preso após denúncias de abuso sexual que remontam a 1995. Ele lecionou por 17 anos no Colégio Rio Branco, uma das instituições mais tradicionais de São Paulo, onde os relatos de suas ações abusivas começaram a surgir. Os ex-alunos afirmam que o professor pedia que se despisse e os fotografava nus, além de tocar em seus órgãos genitais.

Os relatos de abuso são consistentes entre os ex-alunos. Um deles, Cesar Resende, hoje advogado, compartilhou que durante as aulas, Veiga fazia discursos sobre bondade e pedia que os alunos se despisse para se pintarem com guache. Ele recorda que, em excursões escolares, o professor realizava rituais que envolviam o silêncio e a nudez, onde os alunos eram fotografados enquanto se pintavam.

Após ser demitido do Colégio Rio Branco em 2003, Carlos Veiga se mudou para Serra Negra, onde continuou a dar aulas e organizar acampamentos, sem enfrentar as consequências de suas ações passadas. No entanto, em 2023, três alunos da escola Libere Vivere denunciaram Veiga, levando a uma investigação que revelou que ele continuava a usar o mesmo método de abuso.

As investigações revelaram que Veiga não apenas tirava fotos de alunos nus, mas também tocava em suas partes íntimas. Em abril de 2024, a Justiça decretou sua prisão, mas ele foi encontrado apenas em julho, a 115 km de distância, em Hortolândia. Ele enfrenta acusações de estupro de vulnerável e produção de imagens pornográficas de adolescentes.

O Fantástico entrevistou 30 pessoas sobre os abusos no Colégio Rio Branco, e 22 delas se identificaram como vítimas de Carlos Veiga. Os responsáveis pela escola expressaram repulsa por suas ações e afirmaram que compartilham do sentimento coletivo de indignação.

A defesa de Carlos Veiga Filho, por sua vez, alega que a verdade será provada e que o professor é inocente. O caso levanta questões sérias sobre a proteção de crianças e adolescentes em ambientes educacionais e a necessidade de medidas rigorosas para prevenir abusos.

Este caso é um lembrete sombrio da importância de ouvir e acreditar nas vítimas, além de reforçar a necessidade de um sistema educacional seguro e responsável. A sociedade deve permanecer vigilante e apoiar as vítimas de abuso, garantindo que os responsáveis sejam responsabilizados por suas ações.

A história de Carlos Veiga Filho é um alerta sobre os perigos que podem existir em instituições educacionais e a importância de um ambiente seguro para o desenvolvimento de crianças e adolescentes.

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