Ação chamada Bandeira Livre cumpre cinco mandados de prisão
A Polícia Civil do Rio deflagrou, na manhã desta quinta-feira, a operação Bandeira Livre para cumprir mandados de prisão contra traficantes do Morro do Dendê, da Ilha do Governador, Zona Norte da capital, que extorquem dinheiro de motoristas de aplicativo. Cinco traficantes são procurados. Contra eles a Justiça expediu mandados de prisão preventiva. Até as 8h três homens haviam sido presos: Anderson dos Santos Barbosa, Leonardo Alves do Santos, o Valoroso, e Leonardo Rodrigues Pereira, o Dogão.
A ação é coordenada pela 37ª DP (Ilha do Governador) e conta com o reforço da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Foram mobilizados 180 agentes de delegacias distritais e especializadas.
De acordo com as investigações, os traficantes do Dendê, da facção Terceiro Comando Puro (TCP), exigem que motoristas de aplicativo paguem uma taxa para trabalhar na Ilha do Governador. As vítimas são ameaçadas com armas. A Polícia Civil afirma que isso dá à quadrilha uma faceta de narcomilícia.
Segundo a apuração da 37ª DP, além da extorsão, os bandidos cometem outros crimes graves: ameaça, sequestro, homicídios, tortura e porte ilegal de armas de fogo. A investigação aponta ainda que a quadrilha como uma empresa, obtendo seus lucros por meio de cobrança ilegal de taxas para controlar o serviço de transporte por aplicativo na região.
Menina baleada
Foi justamente durante uma ação de policiais militares do 17º BPM (Ilha do Governador) para apurar que denúncias de extorsões contra motoristas de aplicativo que a menina Ana Beatriz Barcelos do Nascimento, de 13 anos, foi baleada, no último dia 13. Ela ficou no meio do fogo cruzado entre PMs e traficantes da comunidade do Pixunas, no Bancários.
Ana havia saído da aula de balé e voltava para casa quando foi atingida por um tiro no abdômen. Ela passou por uma cirurgia de quatro horas no Hospital municipal Evandro Freire e foi transferida para o Hospital municipal Souza Aguiar. O estado de saúde dela é estável.
