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Família presa em Uruguaiana fez vítimas em Minas Gerais

Dois dos três familiares presos em Uruguaiana
no mês de maio, acusados do uso de
documentos falsos e porte ilegal de arma,
continuam presos.
Uma ação desencadeada pela Polícia Civil de
Uruguaiana no último dia 29 de maio,
culminou com a prisão de Aldo Sampaio
Raggio e seus filhos, Renato Carlos e Renato
Atílio Sampaio Raggio. Renato foi o único a
ser libertado no dia seguinte, enquanto os
outros dois envolvidos continuam presos.
A informação é do delegado de Polícia, Vilmar Alaídes Schaefer. Segundo ele, os três
inquéritos em que o trio é indiciado serão concluídos em no máximo 30 dias. A família
responde por uso documentos falsos, porte ilegal de arma e estelionato. Renato Carlos
conseguiu se “safar” num primeiro momento por ter sido preso somente por porte
ilegal, no entanto, ao decorrer das investigações, a Polícia colheu provas que
apontaram para o indiciamento dele também por estelionato e uso de documentos
falsos.
Nesta semana, novas denúncias chegaram à Polícia Civil. O ex-prefeito da cidade
mineira de Formiga, Aluísio Veloso, ao tomar ciência da reportagem do Jornal CIDADE
sobre a prisão da família em Uruguaiana, apontou ao delegado Vilmar os crimes
cometidos pela gangue naquele município
Segundo Aluísio, a família Raggio morou na cidade durante três anos e lá era mantida
pelos donos de uma importante empresa. As mordomias eram custeadas com a
promessa do recebimento de um benefício do Governo Federal. “O senhor Aldo dizia
ser assessor do Palocci, Ex-Ministro. Ele, e seu irmão Atílio, ajudado por uma mulher
que dizia ser sua mãe prometiam benefícios junto ao governo federal para diversas
empresas. Roubaram de quase dez famílias aqui em nossa cidade. Diziam ter influência
junto ao Governo Federal e prometiam muita coisa, inclusive recursos de fundo
perdido”, disse o ex-prefeito.
“Eles têm uma tática de primeiramente cativar as pessoas e depois dão o golpe.
Falava-se muito em nome do Governo Federal, principalmente em nome do ministro
Palloci e na época do Romeu Tuma, do Banco Central e outros.

Aldo Raggio se apresentava bem vestido, com documentos (crachá e spin) de
identificação do Ministério da Fazenda. Ele foi a minha posse representando o Ministro
Palocci, bem como o Governo Federal, e quando o apresentei para um amigo do
Governo, ele se retirou imediatamente do salão, evitando ser fotografado”, concluiu.
Ação da PC em Uruguaiana
Durante ação de busca e apreensão no quarto de hotel onde a “família metralha”
estava “acampada”, foram encontrados contratos, dinheiro e carimbos de órgãos como
Receita Federal, BNDES, e outros, e documentos que indicavam empresários-alvo já
selecionados e que poderiam cair na sua lábia para realizar o sonho de todo o
empresário: dinheiro fácil a juros camaradas.
Aldo se apresentava como Luiz Enrique Gonçalves e sustentava ter forte influência
junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Ele oferecia facilidades na
captação de financiamentos junto e cobrava dos incautos a quantia de R$ 50 mil,
metade paga de forma adiantada.
O meliante era foragido da Justiça, com mandado de prisão por condenação de
homicídio no trânsito e apropriação indébita

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