Odair Jose Mannrich destaca que a dessalinização sustentável está se consolidando como uma das alternativas mais promissoras para ampliar o acesso à água potável em regiões áridas ou com recursos hídricos comprometidos. Essa técnica, que remove sais e impurezas da água do mar ou de aquíferos salobros, vem sendo aprimorada com tecnologias que reduzem o consumo energético e minimizam impactos ambientais.
A demanda por soluções de abastecimento cresce à medida que a escassez de água se intensifica em diversas partes do mundo. Nesse cenário, a engenharia ambiental desempenha papel fundamental ao integrar sistemas de dessalinização a estratégias mais amplas de gestão hídrica, garantindo que a produção de água potável seja eficiente, econômica e ambientalmente responsável.
Tecnologias de dessalinização com menor impacto ambiental
Os métodos mais utilizados para a dessalinização são a osmose reversa e a destilação térmica. A osmose reversa, em especial, tem se destacado pelo menor consumo energético e pela capacidade de operar em diferentes escalas, desde pequenas comunidades até grandes plantas industriais. Com membranas cada vez mais eficientes, é possível obter água de alta qualidade com menor custo operacional.
Segundo Odair Jose Mannrich, a adoção de tecnologias híbridas, que combinam diferentes processos de dessalinização, vem ganhando espaço como forma de aumentar a eficiência e reduzir a geração de rejeitos salinos. Esses sistemas também podem incorporar fontes renováveis, como a energia solar, para alimentar bombas e outros equipamentos, tornando o processo mais sustentável e menos dependente de combustíveis fósseis.
Integração da dessalinização com energias renováveis
O uso de energias renováveis na dessalinização é uma tendência crescente, especialmente em regiões com alta incidência solar ou potencial eólico. Painéis fotovoltaicos e turbinas eólicas podem fornecer energia limpa e constante para manter as unidades em funcionamento, reduzindo custos e emissões de carbono.
Odair Jose Mannrich observa que, em projetos de maior porte, é possível adotar sistemas híbridos de geração, combinando diferentes fontes renováveis para assegurar a estabilidade energética. Isso garante que a produção de água potável não seja interrompida em períodos de baixa geração de uma das fontes, fortalecendo a segurança hídrica das comunidades atendidas.

Reaproveitamento e destinação adequada do rejeito salino
Um dos principais desafios da dessalinização é a gestão da salmoura resultante do processo, que, se descartada de forma inadequada, pode causar danos aos ecossistemas aquáticos. Soluções mais avançadas envolvem o reaproveitamento desse subproduto em atividades industriais, produção de sais minerais ou mesmo na geração de energia por gradiente salino.
Odair Jose Mannrich ressalta que o tratamento e a destinação correta da salmoura devem ser considerados desde a fase de planejamento dos projetos. Ao integrar essa etapa à operação, evita-se a sobrecarga ambiental e garante-se que os benefícios da dessalinização não sejam comprometidos por impactos secundários.
Benefícios sociais e econômicos da dessalinização sustentável
Além de assegurar o abastecimento em regiões críticas, a dessalinização sustentável contribui para a estabilidade econômica de comunidades dependentes da água para agricultura, pecuária e indústria. A oferta contínua de água potável também melhora a qualidade de vida e reduz a vulnerabilidade a crises hídricas.
Para Odair Jose Mannrich, o avanço das tecnologias e a redução dos custos de implantação devem ampliar o acesso à dessalinização, permitindo que localidades menores também se beneficiem dessa solução. A implementação de modelos descentralizados, com unidades modulares, facilita a adaptação a diferentes demandas e contextos geográficos.
Perspectivas para a expansão dessa tecnologia
Com o aumento da população mundial e as mudanças climáticas afetando a disponibilidade de água doce, a tendência é que a dessalinização sustentável se torne parte essencial das políticas públicas de segurança hídrica. Investimentos em pesquisa e desenvolvimento, bem como parcerias entre governos e iniciativa privada, serão determinantes para ampliar a adoção dessa tecnologia.
Odair Jose Mannrich aponta que, ao integrar eficiência energética, energias renováveis e gestão ambiental responsável, a dessalinização pode deixar de ser uma solução emergencial para se consolidar como componente estratégico da infraestrutura hídrica global. Essa visão reforça a importância da engenharia ambiental na construção de um futuro em que o acesso à água potável seja universal e seguro.
Autor: James Anderson